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Melanoma tem cura, mas precisa de diagnóstico precoce

Conceito
Raro, mas potencialmente agressivo. O melanoma que causou a morte do cantor português Roberto Leal começou no olho, mas é muito mais comum na pele e tem um grande potencial metastático. Corresponde a 4% do total dos casos de câncer de pele no Brasil, tipo mais comum dentre todas as neoplasias. Apesar da gravidade, no entanto, a chance de cura é grande e chega a mais de 90% se o diagnóstico for precoce.

Causas e Sintomas
O tumor aparece quando células produtoras de melanina (melanócitos), responsáveis pela pigmentação da pele, têm um crescimento anormal. Estão no grupo de risco pessoas de pele, cabelos e olhos claros, com muitas pintas e/ou sardas, que se expõem ao sol sem proteção, com histórico de queimaduras solares e com antecedente familiar de melanoma ou de câncer de pâncreas. Os sintomas se manifestam como manchas que mudam de cor ou tamanho em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas não necessariamente expostas ao sol.

Diagnóstico
É muito importante que um dermatologista de confiança avalie e acompanhe regularmente as lesões cutâneas. Normalmente, a investigação de alterações clínicas consideradas suspeitas obedece a um critério conhecido como “ABCD”: Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. Identificar essas características nas manchas e pintas espalhadas pelo corpo é de extrema importância. A consulta dermatológica é fundamental e a dermatoscopia, um exame de imagem não invasivo, feito em consultório, se tornou imprescindível para a identificação dos cânceres de pele mais iniciais. Já o exame histopatológico (biópsia) é quem confirma o diagnóstico das lesões suspeitas. A microscopia confocal e exames de imagem (tomografia de emissão ou computadorizada e ressonância magnética) auxiliam em casos específicos.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que fiquemos atentos aos seguintes sinais:
– Surgimento de novas lesões que cresçam muito rápido, mudem de cor, coçem ou sangrem, que pareçam irregulares, com aspecto brilhante ou escuras;
– Sinais de nascença que mudam de textura e coloração, variando entre tons de preto, marrom e vermelho;
– Manchas escuras nas unhas das mãos ou dos pés, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés ou ainda nas mucosas.

Tratamento
O tratamento mais adequado é em geral cirúrgico para a remoção do tumor. Dependendo do estágio da doença, opções como quimioterapia, radioterapia e mais recentemente as imunoterapias e terapias-alvo podem ser recomendadas.
Quando em estágios avançados, o tratamento para o melanoma pode ser muito fatigante, com alguns efeitos colaterais indesejados, como estresse, perda de cabelo, fragilidade corporal, entre outros. Para lidar com este quadro é necessário conservar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada com bastante líquido, dormir o suficiente e praticar exercícios físicos leves.

Cuide-se e previna-se: consulte o dermatologista!