O que são e como lidar com as cicatrizes?
As cicatrizes são a resposta do organismo para algum trauma ou lesão na pele. A cicatrização completa de um ferimento pode levar até seis meses, deixando a pele avermelhada e sensível no começo, mas ganhando uma tonalidade esbranquiçada ou próxima da cor da pele no fim – isto é, dentro de um processo sem complicações. A principal complicação de uma cicatriz é a formação de queloide – um crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local do traumatismo e até além dele. A princípio, o dano é apenas estético, trata-se de uma alteração benigna. Mas, dependendo do tamanho, pode acarretar em prejuízos como dor e limitação de movimento.
Prevenção
A princípio, não dá para saber se o paciente terá uma boa cicatrização ou não, mas dá para prevenir a formação de queloides quando a cicatriz ainda é recente. Ativos hidratantes, vitamina E, géis de silicone e tratamentos a laser são boas opções. Um dos principais cuidados deve ser evitar o estiramento da pele nos meses após o trauma ou a cirurgia. Os cuidados com o sol também devem ser mantidos a fim de não manchar ainda mais a pele – filtro solar nunca deve ser esquecido.
Tratamentos
Quando a cicatriz já existe, também é possível amenizar o visual incômodo que ela provoca, graças à evolução das diversas técnicas dermatológicas. Peelings, microagulhamento, lasers fracionados, luz pulsada e até aplicação de toxina botulínica são algumas dessas técnicas capazes de melhorar a aparência das marcas e torná-las menos perceptíveis. Em geral, recomenda-se uma combinação dos procedimentos para que o resultado responda de acordo com as peculiaridades de cada corpo.
Os profissionais consideram o tom e a textura da pele, a predisposição do paciente à formação de queloides, a região do corpo, a gravidade da lesão, se a lesão é atrófica (com depressão), hipertrófica (mais alta que a pele, mas limitada ao local do trauma) ou queloide (mais alta e além do local do trauma), entre outras questões. Os tratamentos costumam durar de seis meses a dois anos e tem intervalo mensal. E importante saber que os resultados não são imediatos mas com a persistência do tratamento é possível obter bons resultados – tudo sempre sob a orientação de um dermatologista experiente, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Fique atento!
Fonte: SBDRJ