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Sarampo: a doença que provoca manchas avermelhadas na pele

Comum nas crianças dos anos 70 e 80, quando finalmente foi instituída a cobertura da vacina, o sarampo é uma doença infectocontagiosa comum mas que pode ter complicações graves, causada pelo Morbilivirus e transmitida por secreções respiratórias.

A principal característica do vírus é a altíssima contagiosidade. O sarampo é tão contagioso que a probabilidade de alguém ter chegado à idade adulta sem ter contraído a doença é extraordinariamente pequena. 

O período de incubação varia entre 10 e 18 dias. Em média, no final da segunda semana após o contágio, já começam a aparecer as primeiras manifestações: febre, coriza, tosse,expectoração e conjuntivite, sintomas bem parecidos com os da gripe. Dois ou três dias depois, começa uma erupção cutânea característica (manchas avermelhadas na pele, chamadas de exantema) – ao contrário do que se normalmente pensa, pode ser considerada a manifestação inofensiva da doença porque as mais graves são aquelas respiratórias, que podem evoluir para complicações pulmonares, otites, sinusites etc.

Vacina

Como não existe um tratamento específico para o sarampo, a vacina assumiu grande importância na prevenção da doença. De alta eficácia e sem contraindicações, confere proteção permanente, isto é, para toda a vida. Na época do surto, fez com que a enfermidade fosse praticamente erradicada do país. Recentemente o vírus foi trazido por um jovem surfista que se infectou fora do Brasil e entrou em contato com pessoas que, por opção religiosa ou filosófica, não haviam sido vacinadas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, provavelmente 500 mil crianças, morrem todos os anos no mundo por causa do sarampo e suas complicações. Por isso, é grande o esforço para aumentar as coberturas vacinais, pois é o método mais eficaz de prevenção. Enquanto houver casos da doença no mundo, corremos o risco de importar o vírus.

O esquema de vacinação brasileiro é administrado em duas doses. A primeira deve acontecer depois que a criança completa um ano e a segunda entre 4 e 6 anos de idade. Este é o cenário ideal,mas não há limite de idade para a segunda dose. Não deixe de tomar a sua ou de vacinar seu filho. Proteja a sua família!

Fonte: SBDRJ